É comum ver pessoas
exigindo, que um acusado de crimes seja punido pelo que fez que pague pelos
erros que cometeu e que a justiça seja feita. Porém muitas das vezes (e por que
não dizer em todas), despreza se o fato de que o acusado, além de ainda estar na
condição de possível suspeito e não poder ser condenado culpado, tem direito a
defender se perante a lei assim como as pessoas que o acusam o fazem. No
entanto nem sempre esse direito é respeitado.
Geralmente se associa o
direito de defesa a uma válvula de escape e que se o acusado for considerado
inocente houve falhas no julgamento ou a
justiça não foi feita. É importante compreender que se é desejável que a
justiça seja feita é fundamental que a outra parte tenha a oportunidade de se
defender e apresentar a sua versão dos fatos ali apresentados. Pois, uma vez
que o direito a defesa é desprezado, compromete - se então o processo da
justiça o que em si já ocasiona uma injustiça.
E por que então isso
acontece?
Infelizmente uma série de
fatores leva alguns profissionais do Direito a deixarem o direito à defesa em
segundo plano; a necessidade de autopromoção, o desejo de manter/criar uma boa
imagem diante da sociedade e o interesse em reforçar e impor alguns valores
pessoais. A mídia tem sua parcela de responsabilidade ao apresentar suspeitos e
acusados como culpados e cobrar respostas urgentes da justiça (essa atitude da
mídia é ocasionada na sua maioria das vezes por pressões internas e
“necessidades de dar furos”, mas isto já é outro assunto).
O povo exige uma resposta
rápida, visto que já se tem a idéia de que a justiça “somente funciona para os
ricos”, as pessoas associam o direito de resposta do acusado a uma situação de
escape e consequentemente de injustiça. É preciso compreender que se espera obter
a justiça em um processo é necessário compreender e respeitar todas as partes,
independente do resultado.
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